quarta-feira, 29 de maio de 2013

Cristine e Ana Luiza foram as duas primeiras crianças de que tomei conta. Duas meninas loirinhas, loirinhas, com cabelos muito lisos, compridos - em que eu fazia lindas trancinhas enfeitadas com pregadores de borboleta de todas as cores, rabo de cavalo, Maria Chiquinha. Cristine tinha 4 anos e Aninha 1 e meio.

O condomínio em que eu morava tinha quatro blocos. Eu morava no A, e elas no C. Marisa, a mãe das meninas, trabalhava em um banco das 12 às 18 horas; de manhã, ela existia só para as filhas... e a tarde era comigo que elas passavam Trabalhei com elas durante cinco meses; não ganhava muito - não lembro exatamente quanto, mas seria, acho, o equivalente de meio salário mínimo.

Mas havia vários convenientes de eu ser babá - que o dinheiro não paga: meu filho podia ficar comigo - o mais importante de tudo; meu filho tinha duas amiguinhas pra brincar; não precisava sair do condomínio - confesso que me perdia facilmente na cidade; não gastava nem com lanche, nem com jantar (aqui sim há dinheiro envolvido) - autorizada por Marisa, podia dar ao meu filho exatamente o que eu dava para as pequerruchas.

De segunda à sexta, ele comia muito bem. Nos sábados ou domingos, muitas vezes, fomos convidados a passar o dia na casa da praia do meu anjo da guarda na Barra da Lagoa... nem preciso dizer o quanto meu bebê se divertia.

E os primeiros meses para nós dois  foram assim: eu cuidando das meninas, junto com meu filho, alguns passeios na Barra... e nos acostumando com um ritmo bem diferente da nossa cidadezinha.... tudo muito calmo, muito normal.

Nesse meio tempo, meu pai veio nos visitar.

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